segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Adoçantes

Os adoçantes são substitutos naturais ou artificiais do açúcar que conferem sabor doce com menor número de calorias por grama. Os adoçantes são compostos por substâncias edulcorantes (que adoçam) e por um agente de corpo, que são substâncias derivadas do álcool ou do amido, usadas em pequenas quantidades, que conferem durabilidade, boa aparência e textura ao produto final. Os edulcorantes são considerados substâncias altamente eficazes devido à sua capacidade de adoçar muito em pequenas concentrações.

Vários adoçantes atualmente comercializados contêm dois ou mais edulcorantes em suas fórmulas.

Os polióis são álcoois na sua forma sólida, são substâncias encontradas naturalmente em alimentos (beterraba, aipo, cebola, maçã, pêra, pêssego, ameixas) ou produzidas industrialmente. Os mais utilizados são o manitol, sorbitol, xilitol, eritrol, lactilol, isomalte e maltilol. Já os derivados de amido são carboidratos naturais, usados para melhorar o sabor do adoçante. Os mais utilizados são a lactose, frutose, maltodextrina, dextrina e açúcar invertido.

Acessulfame K

Este adoçante foi descoberto em 1967 na Alemanha. É um sal de potássio sintético derivado do ácido acético, sem calorias, que adoça 200 vezes mais do que o açúcar. Pode ser levado ao fogo sem perder a doçura. Possui a grande vantagem de não deixar resíduo ruim na boca. Não é metabolizado, é excretado integralmente pela urina. É encontrado em milhares de produtos industrializados, principalmente em chicletes, gelatinas, laticínios, pudins e sucos.

Ingestão diária saudável: 15 mg/kg/dia.

Aspartame

O aspartame foi desenvolvido em 1965, mas só foi aprovado como aditivo alimentar na década de 80. Tem o mesmo valor calórico do açúcar (4 kcal/g), porém adoça 180-200 vezes mais. É obtido através de dois aminoácidos: o ácido aspártico e a fenilalanina.

O aspartame se decompõe na luz intestinal em metanol, aspartato e fenilalanina. O metanol causa algumas preocupações em relação à sua toxicidade, porém aproximadamente 10% do aspartame se transforma em metanol. Estima-se que seriam necessários 200-500 mg/kg de aspartame para que ocorra alguma toxicidade significante. Portanto seria necessário ingerir 2.000 mg/kg de aspartame para causar intoxicação. Essa dose equivaleria a 140.000 envelopes ou 350.000 gotas ou 2.545 litros de refrigerante para um indivíduo com 70 kg, o que é impossível de acontecer.

Outra dúvida em relação ao aspartame é causada pelo aspartato, em ratos a ingestão produz necrose neural hipotalâmica. Porém em primatas não produziu lesões cerebrais. O aspartato não se acumula nos tecidos fetais, portanto em humanos não existem evidencias da toxicidade fetal devido ao aspartato, decorrente do aspartame consumido pela gestante.

Outra preocupação é em relação ao seu consumo por pessoas com fenilcetonúria (os indivíduos com deficiência ou ausência da enzima hepática fenilalanina-hidroxilase, que são incapazes de converter a fenilalanina, altamente tóxica para o tecido cerebral, em tirosina).

Ingestão diária saudável: 40 mg/kg/dia.

Ciclamato

Este adoçante é comercializado desde 1950 e foi desenvolvido por um pesquisador americano. É formado pelo ácido ciclohexilsufâmico, sais de sódio, cálcio e potássio. Não possui calorias e adoça de 30 até 140 vezes mais que o açúcar e não sofre alterações com a elevação da temperatura. Associado com a sacarina não tem sabor amargo e não deixa resíduo na boca.

Foi banido dos Estados Unidos nos anos 70, porque estudos indicavam era potencialmente carcinogênico em ratos. Pesquisas atuais garantem a segurança do ciclamato, tanto que é comercializado em mais de 50 países.

Ingestão diária saudável: 11 mg/kg/dia.

Sacarina

É o primeiro adoçante artificial, foi descoberto 1879 e é utilizada desde 1901 nos Estados Unidos. Adoça 400 vezes mais que o açúcar. É lentamente absorvida pelo trato intestinal e é excretada pelos rins sem ser metabolizada. É associada ao ciclamato, pois em altas concentrações tem gosto residual amargo. É estável em altas temperaturas, podendo ser utilizada em preparações quentes.

Ingestão diária saudável: 5 mg/kg/dia.

Stévia

É um adoçante natural, não calórico, extraído das folhas da Stevia Rebaudiana. Adoça 300 vezes mais do que o açúcar e não é metabolizada pelo organismo. Tem gosto amargo no momento da ingestão e é estável em altas ou baixas temperaturas.

Ingestão diária saudável: 5,5 mg/kg/dia.

Sucralose

Foi descoberta na Inglaterra em 1976. É obtida a partir da substituição de grupos hidroxilas por cloro nos carbono 4 e 6 da sacarose, portanto é o único adoçante artificial derivado do açúcar. Seu poder de adoçar é 600 vezes maior do que a do açúcar, não possui calorias e é estável em altas temperaturas. Grande parte do produto consumido não é metabolizado, e a pequena porção absorvida é excretada pela urina e fezes.

Ingestão diária saudável: 15 mg/kg/dia.

Os adoçantes em geral são indicados para pessoas que precisam reduzir as calorias da dieta ou devem substituir o açúcar, como no caso dos diabéticos. Atualmente, muitas pessoas, inclusive crianças utilizam os adoçantes sem necessidade. Apesar do uso inadequado, só existe a restrição quando o uso for superior ao da ingestão diária aceitável, que é a quantidade máxima diária permitida para o uso isenta de riscos para saúde.

Devemos prestar atenção aos rótulos dos adoçantes, muitos deles são à base de sódio, prejudiciais a hipertensos e insuficientes renais, outros possuem fenilalanina, proibido para fenilcetonúricos.

Durante a gestação só devem usar adoçantes gestantes diabéticas ou as que precisam controlar o ganho de peso. Deve-se dar preferência ao aspartame, sucralose, acessulfame-K e estévia.

Há pouco tempo atrás foi veículado na internet que o consumo de aspartame causa Alzheimer, no entanto não existem evidencias científicas associando o consumo de aspartame com Lúpus, Alzheimer, tumor cerebral e esclerose múltipla.

Na dúvida, consulte um nutricionista para orientá-lo melhor!

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